sexta-feira, 18 de novembro de 2011


Quantos de nós já não nos afastamos de algo ou de alguém que gostamos e nos colocamos em um labirinto mental? Compreendo que melhor ainda do que se autoconhecer é poder também provocar em nós mesmos uma verdadeira mudança interior. De uma forma ou de outra, neste caso, conflitos interiores se traduzem por desastres exteriores. Vosso problema é o problema do mundo, e somente você pode resolver, não outra pessoa; é impossível confiar a outros a solução.
Se sentirmos vontade de rever aquela pessoa amiga ou mesmo estar em lugares desejados, devemos ir, sem sentir medo ou olhar para trás. Nos dias atuais, a maioria dos seres humanos continua voltada para a sua luta pela vida, dividindo seu tempo entre trabalho e diversão, conseguindo apenas acumular muitas frustrações e sofrimentos sem fim. O mundo moderno já se conscientizou do enorme desafio enfrentado por nossa atual civilização, a exemplo dos inúmeros focos de guerras crônicas, da crescente e assustadora violência da ação terrorista, com o massacre de milhares de vítimas civis e a insanidade levada às últimas conseqüências. A proliferação desenfreada das drogas, o armamento descontrolado, a banalização da violência transformando pessoas de bem em vítimas impotentes do medo.
Mas o homem prefere culpar os outros pelos seus problemas a enfrentar a sua própria condição interior. Vejamos no caso profissional... Só sobrevive quem é intuitivo, talentoso, sabe lidar com gente, trabalha em equipe, é empreendedor e, claro, tem o conhecimento (preferencialmente a vivência) de outras terras, territórios, culturas. Bem, então você assiste a uma palestra de mudança organizacional em que ouve alguém dizer, berrar e alardear num palco, que as pessoas são um bem precioso demais para serem abandonadas numa folha de pagamentos. Diz-se que quanto mais cabeças pensam, mais e melhores resultados são produzidos. Você então raciocina: "Faz sentido". Vai para a sua empresa, reúne as pessoas e decreta que a partir daquele instante as pessoas estão intimadas a usar toda a massa cefálica disponível em prol das aspirações do negócio — ai de quem não usar a cabeça para pensar! Voltando à palestra: o consultor diz que seus funcionários precisam ser criativos. E acrescenta que eles não o são porque você não deixa. Você então fica uma noite sem dormir, pensa, reflete e concorda. E toma uma decisão: no dia seguinte, sem muita criatividade, você ordena que todos devem ser mais criativos, deverão buscar soluções novas para problemas antigos, deverão trabalhar em equipe e serão, por isto, muito mais valorizados.
Se você deseja mudar seu modo de pensar e agir, passando a viver em confiança absoluta, em plena harmonia e completa paz interior, a primeira coisa a fazer é tomar essa decisão de maneira clara e confiante no seu íntimo, no seu coração, no interior de sua mente.
Pense “eu não consigo” e você não conseguirá. Pense “Não vai dar certo” e não dará. Pense “isso só é possível com os outros, pois a minha situação é bem mais difícil” e você nada conseguirá.
Pense “eu sou um vencedor” e você será. Pense “eu sou magro e elegante” e você será. Pense “eu sou próspero”, “eu sou feliz”, “eu sou saudável” e você será.
Você é o único responsável pelo que você é e por como você é. Mude os seus pensamentos e a sua vida mudará.
A imaginação pode ser ‘a louca da casa’ ou então ‘a boba da corte’, e ela de fato é assim quando se encontra fora de controle. Atua como cavalo chucro, fica incontrolável, sendo dominada pelo problema do momento. Entretanto, quando controlada, a mente se torna ‘a rainha da casa’, fazendo verdadeiras maravilhas na vida da pessoa e também daqueles que a cercam.
É preciso perceber que ‘os sentimentos procedem de imagens’, enfim da imaginação. Estamos vivendo na era da imagem. Parece que tudo passou a ser feito com vídeos, apresentações em PowerPoint, visualizações em sites e portais da Internet. A propaganda se faz com imagens.
Qual o segredo da mudança? O que leva uma pessoa a sair do cansaço e tédio para a energia e disposição? Entre as duas atitudes descritas acima há uma infinidade de técnicas, religiões, terapias; alternativas ou não, posturas, respirações, reprogramações, tradições milenares e drogas sintéticas e naturais oferecendo este benefício. Elas são eficazes? Qual delas cumpre o prometido?
Na verdade todas são e não são eficazes. Todas são instrumentos, todas são estágios da verdadeira mudança que só pode ocorrer no interior de cada indivíduo. Acredito que todos sabemos disto, mas, em verdade, podemos realmente mudar nossa atitude interior? Como?
A vida é mudança, não há o que mudar - só há a mudança.
Tudo o que precisamos está bem na nossa frente, está aqui, presente no nosso tédio e cansaço, nas nossas queixas e aborrecimentos, mas tão tênue e imperceptível que não ouvimos, não vemos e não nos damos por isto. A cultura chinesa desenvolveu toda uma ciência empírica para explicar os processos da mudança. Na concepção desta ciência milenar, quem opera as mudanças é o Tao. Palavra usada para designar o inominável. O Tao é a mudança, o sentido da vida. Não se pode defini-lo.
Vivemos a crença errônea de que as grandes mudanças na nossa vida vêm de fora, de algo inesperado e grande que nos acontece, ou de uma decisão revolucionária que vira nossa vida de ponta à cabeça. Mas na vida prática, notamos que as coisas não se processam assim de uma forma tão drástica. O choque de um acontecimento inesperado pode realmente ser o começo de uma grande mudança, mas, a manifestação desta mudança em nosso cotidiano, é a única prova objetiva de que mudamos. E isto só acontece gradualmente, como a vida, que cresce lentamente, mas que perdura e permanece sempre se renovando. São pequenos passos que damos, pequenas mudanças no nosso comportamento que alavanca as grandes transformações...

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